Análise de cargo: QA (Quality Assurance) em games
- joaovcustodio87
- 17 de out.
- 4 min de leitura
A função de QA ainda é uma das mais mal compreendidas na indústria de jogos, tanto por quem está começando, quanto por quem contrata. Frequentemente confundida com o papel do “tester”, a área de Quality Assurance vai muito além de apenas jogar e encontrar bugs. Ela exige método, documentação, comunicação e uma relação próxima com as equipes de design, programação e produção.
Ao montar uma equipe de QA ou contratar um analista para seu estúdio, é essencial entender o que realmente compõe essa função, quais habilidades são esperadas e onde encontrar profissionais preparados para essa demanda.
Este artigo é voltado para estúdios, recrutadores e lideranças que buscam estruturar ou fortalecer sua área de QA com mais precisão e eficiência.
O que faz um analista de QA na indústria de jogos?
O QA (Quality Assurance) é o responsável por garantir que o jogo atenda aos padrões de qualidade esperados, tanto em termos técnicos quanto de experiência. Isso envolve:
Mapeamento e execução de testes funcionais e não-funcionais
Identificação, registro e reprodução de bugs
Documentação clara de comportamentos esperados e reais
Validação de correções enviadas pela equipe de devs (regressão)
Colaboração com design, programação e publishing
Acompanhamento de builds e estabilidade em versões críticas

Em estúdios menores, o QA costuma acumular múltiplas funções, incluindo suporte ao jogador, testes de usabilidade ou até feedback sobre UX. Já em empresas maiores, a função pode ser dividida entre QA funcional, QA técnico, testadores de automação, entre outros.
O perfil ideal de um profissional de QA em games
Diferente do que muitos pensam, o analista de QA não precisa ser um expert em desenvolvimento. Mas ele precisa dominar três pilares:
Capacidade analítica e atenção a detalhes
Comunicação objetiva e documentação clara
Conhecimento prático sobre engines, plataformas e ciclos de produção
Soft skills como organização, proatividade e visão sistêmica também são valorizadas. O QA precisa conseguir priorizar problemas, explicar comportamentos com clareza e lidar com diferentes áreas ao mesmo tempo.
Além disso, entender metodologias ágeis e ferramentas como Trello, Jira ou Notion ajuda a integrar o QA no fluxo de produção do estúdio com mais naturalidade.
O que considerar ao contratar um QA para seu jogo
Ao publicar uma vaga para QA, evite cair nos dois extremos: descrever o cargo apenas como “testador” ou exigir perfil sênior com salário de entrada. Em vez disso, considere o escopo real do projeto e o nível de complexidade do seu jogo.
Alguns pontos que você pode avaliar antes de definir o perfil da vaga:
O projeto está em estágio inicial ou final?
Precisa de testes em múltiplas plataformas ou só desktop?
Já existe documentação ou será criada do zero?
Haverá ferramentas de automação ou tudo será manual?
A comunicação será em português, inglês ou ambos?
Essas respostas ajudam a determinar se você precisa de um profissional pleno, sênior, júnior ou se faz sentido começar com apoio externo.
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Faixa salarial e modelo de contratação mais comum
A remuneração para QA em jogos varia bastante dependendo do modelo do estúdio (indie ou AA/AAA), localização e complexidade do projeto.
QA Júnior: entre R$ 1.800 e R$ 3.000
QA Pleno: entre R$ 3.000 e R$ 5.000
QA Sênior / Lead: acima de R$ 6.000, podendo chegar a R$ 10.000+ em estúdios internacionais
Modelos comuns incluem contratação CLT, PJ ou prestação de serviço como freela por projeto. Também há forte presença de QA remoto, especialmente quando o escopo envolve testes exploratórios, documentação e tarefas que não exigem hardware local específico.

Onde encontrar profissionais de QA com experiência real em jogos
O maior erro dos estúdios que contratam QA é recorrer apenas a bancos genéricos de vagas. Profissionais com experiência em jogos digitais nem sempre estão em sites tradicionais como Infojobs ou Catho.
No banco de talentos do Vagas em Games, temos profissionais com histórico validado em projetos reais, desde jogos mobile até consoles. Você pode buscar por área, senioridade, localização e disponibilidade — inclusive filtrando quem já trabalhou com engines como Unity ou Unreal.
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Conclusão: QA não é só uma etapa, mas sim parte do processo
A contratação de QA costuma ser uma das últimas a acontecer no ciclo de produção. Mas isso deveria mudar. Incluir um profissional de QA desde os estágios iniciais do projeto reduz retrabalho, melhora a comunicação interna e acelera entregas.
Quem entende a importância do QA, contrata melhor. E evita erros que podem comprometer não só a qualidade do jogo, mas também sua reputação com o público.
Se seu estúdio está planejando escalar a equipe ou passar por um ciclo de publicação, este é o momento certo para estruturar sua área de qualidade.

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