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Como conseguir o primeiro emprego na indústria de games

  • joaovcustodio87
  • 14 de out.
  • 4 min de leitura

Conseguir o primeiro emprego em games ainda parece inatingível para muitas pessoas. O mercado cresce, novas vagas surgem, mas os processos seletivos continuam exigindo experiência, justamente o que quem está começando não tem. E a sensação de estar “travado” se torna comum, mesmo entre quem tem formação ou projetos pessoais relevantes.


A verdade é que a porta de entrada para o setor de jogos não é única. E ela não se abre da mesma forma para todo mundo. Mas há padrões. Entender o que os estúdios procuram, como apresentar seu perfil e onde se posicionar pode reduzir esse abismo e acelerar sua entrada no mercado.


Neste artigo, você vai ver por que a experiência tradicional não é o único caminho, como construir presença mesmo sem um emprego formal e quais são os erros mais comuns cometidos por iniciantes e como evitá-los.


Por que é tão difícil conseguir o primeiro emprego em games?


A maioria dos estúdios tem equipes pequenas e sobrecarregadas. Isso significa que muitas contratações exigem perfis minimamente autônomos. Para quem está começando, essa expectativa pode parecer injusta, mas ela está diretamente ligada à realidade de produção: poucos times conseguem formar alguém do zero.


Além disso, o setor ainda carece de programas estruturados de entrada, como estágios bem definidos ou formações técnicas alinhadas ao dia a dia real de um estúdio. Isso cria um vácuo entre quem deseja trabalhar com jogos e quem realmente consegue uma vaga.


Profissional preparando currículo para área de games

Esse cenário, no entanto, tem um lado positivo. A indústria valoriza muito mais o que você faz do que onde estudou. Portfólios, projetos próprios, participação em jams e envolvimento com a comunidade são experiências legítimas. E muitas vezes, são exatamente o que faz um candidato se destacar.



O que realmente conta como experiência no setor de jogos


Experiência não é sinônimo de contrato CLT. Se você acha que não tem nada para mostrar, vale revisar seu histórico com outra lente.


  • Projetos autorais, mesmo inacabados

  • Participações em game jams, como a GameJam+

  • Colaborações em grupos de estudo ou comunidades

  • Criação de assets, sistemas ou conceitos em engines como Unity ou Godot

  • Protótipos publicados no Itch.io

  • Trabalhos voluntários ou acadêmicos com foco em jogos


Esses elementos podem substituir anos de experiência formal. O importante é apresentar bem, explicar seu raciocínio e mostrar aprendizado.


Onde encontrar vagas que aceitam iniciantes


Canais certos fazem toda a diferença. Plataformas genéricas raramente oferecem boas oportunidades em games, especialmente para quem está começando.

Algumas alternativas mais estratégicas incluem:


  • Vagas em Games: divulgação de vagas em Games e eSports

  • Mundo Gamer Jobs: com foco exclusivo em games e eSports

  • Hitmarker: referência internacional para vagas remotas

  • Trampos.co: ideal para posições híbridas em empresas nacionais

  • Gupy: muito usada por grandes estúdios brasileiros


Existem outras plataformas, como Indeed, Catho e Google Empregos, que valem a pena conferir também.


Você também pode se inscrever no nosso banco de talentos do Vagas em Games, acessado por dezenas de estúdios. E o melhor: mesmo sem uma vaga publicada, você pode ser encontrado.


📌 Dica: use a nossa planilha gratuita de controle de candidaturas para acompanhar vagas, processos, respostas e evolução.


Como montar um currículo competitivo sem experiência formal


O currículo não é uma lista de certificados, é sua narrativa profissional. Mesmo sem experiência formal, é possível montar um currículo claro, relevante e estratégico.

Inclua:


  • Objetivo profissional compatível com a vaga

  • Cursos e formações relevantes, mesmo que livres

  • Links ativos para portfólio, GitHub, LinkedIn ou projetos

  • Participações em projetos autorais, jams ou colaborações


Evite clichês como “trabalho bem em equipe” sem contexto. Mostre com exemplos, não com adjetivos.


Portfólio em games: o que mostrar e como apresentar


Portfólio é mais importante que currículo para boa parte das áreas em games. E sim, você pode construir um mesmo sem já ter sido contratado.


Priorize:


  • Projetos que mostrem seu processo de criação

  • Descrição clara do seu papel em cada um

  • Demonstrações simples (vídeo ou capturas)

  • Análise do que aprendeu ou faria diferente


Ferramentas como Notion, ArtStation e Behance são ótimas para isso — simples, acessíveis e organizadas.


Portfólio de jogos digitais publicado no Itch.io

Como se preparar para entrevistas e testes práticos em estúdios


A entrevista não é só técnica, é uma conversa sobre trajetória. Você será avaliado pelo que já fez, pelo que está buscando e pelo quanto entende a vaga.

Prepare-se para:


  • Falar com clareza sobre seus projetos

  • Responder perguntas comportamentais com exemplos reais

  • Explicar como lida com prazos, feedbacks e equipes

  • Justificar suas escolhas e ferramentas preferidas


Algumas empresas também aplicam testes práticos. Nesses casos, o processo de raciocínio vale mais do que o resultado final.


🎯 Oferecemos mentoria individual para simulação de entrevistas com base em vagas reais da indústria. É uma forma de treinar antes de enfrentar o processo real.


Simulação de entrevista para vaga em estúdio de games

Erros mais comuns de quem está começando


Evitar os erros mais frequentes já coloca você à frente da média. Veja alguns que aparecem com frequência:


  • Currículo genérico, enviado igual para todas as vagas

  • Falta de links ou portfólio no corpo do e-mail ou formulário

  • Aplicações em cargos sêniores sem critério

  • Inconsistência no LinkedIn ou ausência de perfil público

  • Desistência após poucas tentativas ou falta de retorno


O mercado valoriza quem se prepara e se posiciona com consistência.


Conclusão: comece pequeno, mas comece certo


O primeiro emprego em games não exige perfeição. Ele exige clareza, presença e um histórico mínimo de ação. Projetos pessoais, participação em jams, organização do portfólio e uma rotina de candidatura já são o começo.


Você não precisa fazer isso sozinho.


No Vagas em Games, temos conteúdo gratuito, serviços de mentoria, planilhas, templates e um banco de talentos que pode te conectar com estúdios nacionais e internacionais. Se quiser acompanhar novas vagas e análises de mercado, entre no nosso canal do WhatsApp, com atualizações diárias.


Comece hoje, com o que você já tem. O importante é começar.

 
 
 

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